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REAM | A Refinaria que não Refina?

  • Publicado em 09/10/2025
  • Por: Bruno Valêncio

A Refinaria da Amazônia (REAM), privatizada em dezembro de 2022 e hoje sob o controle do Grupo Atem, encontra-se no centro de uma crescente controvérsia nacional. A unidade, que por décadas foi um pilar estratégico para o abastecimento de combustíveis na Região Norte, reduziu drasticamente suas atividades de refino de petróleo, operando primordialmente como um terminal logístico. A situação levanta sérias questões sobre segurança energética, preços dos combustíveis e o impacto da privatização no setor.

A antiga Refinaria Isaac Sabbá (Reman), vendida pela Petrobras como parte de um plano de desinvestimento, teve uma queda vertiginosa em sua produção. Em 2023, a produção já estava abaixo de 30 mil barris por dia. O cenário se agravou em 2024, com a produção despencando para menos de 10 mil barris diários. O ciclo de refino foi efetivamente encerrado em fevereiro de 2025, quando a refinaria deixou de solicitar o petróleo extraído em Urucu, no próprio estado do Amazonas.

Dados que são mostrados pela própria ANP:

Com a paralisação do refino, o petróleo de Urucu agora é transportado por milhares de quilômetros para ser processado em refinarias da Petrobras em São Paulo, um trajeto que pode levar até 16 dias. A mudança logística não apenas aumenta os custos, mas também expõe a vulnerabilidade do abastecimento na Região Norte.

A situação da REAM atraiu a atenção de diversas esferas. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e o Sindicato dos Petroleiros do Amazonas (Sindipetro-AM) têm sido vozes ativas na denúncia do que consideram um desmonte da capacidade de refino nacional. O caso foi levado ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), com acusações de que a REAM estaria descumprindo os compromissos assumidos durante o processo de privatização.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) notificou a REAM veja notícia, exigindo a retomada imediata das operações de refino. A agência reguladora investiga se a refinaria está atuando de forma irregular ao priorizar a atividade de formulação de combustíveis em detrimento do refino, o que não é permitido de forma exclusiva pela legislação vigente.

E qual o reflexo disso?

O principal é o preço. quando comparamos o preço do diesel A, vemos uma diferença significativa entre Petrobras e REAM.

O mesmo vale para a Gasolina…

Em sua defesa, o Grupo Atem, controlador da REAM, afirma que todas as suas operações seguem a legislação vigente. A empresa, que batizou a refinaria com um nome que une as palavras “Refinaria” e “Amazonas”, destaca em seu site a missão de “promover o desenvolvimento da região gerando emprego e renda de forma sustentável”. 

O caso da REAM tornou-se um exemplo emblemático, enquanto a empresa defende a legalidade de suas operações, a realidade de preços mais altos, a dependência de logística reversa para o petróleo amazônico e a subutilização de uma infraestrutura vital para a região acendem um alerta sobre a soberania energética.

Por: Bruno Valêncio • Founder

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