A Petrobras divulgou, na última semana (08/08), o resultado referente ao segundo trimestre de 2025. O desempenho foi avaliado positivamente pelo mercado em comparação com o mesmo período do ano anterior, embora tenha ficado abaixo do resultado do primeiro trimestre de 2025.

No período, a Petrobras registrou um lucro líquido de R$26,7 bilhões, revertendo o prejuízo de R$2,6 bilhões apurado no mesmo intervalo do ano anterior. Esse resultado representa uma redução de 24,3% em relação ao primeiro trimestre de 2025, contudo, alinhou-se às expectativas dos analistas. O desempenho robusto foi impulsionado, principalmente, pelo aumento da produção de petróleo e gás, que mitigou a queda de 10% no preço do barril de Brent no período.

Entretanto, alguns pontos merecem destaque:

  1. O principal vetor do resultado positivo foi o desempenho operacional da companhia. A produção total de óleo e gás da Petrobras cresceu 8% em relação ao segundo trimestre de 2024 e 5% na comparação com o trimestre anterior, atingindo a marca de 2,9 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed). A produção no pré-sal foi um dos grandes destaques, com um aumento de 6,5%, para 1,974 milhão de boed. O fator de utilização das refinarias da empresa também se manteve elevado, em 91%.
  1. O aumento do endividamento líquido, que passou de US$56 bilhões no primeiro trimestre de 2025 para US$58,5 bilhões no segundo trimestre de 2025, representando um crescimento de 4,5%.
  1. Os investimentos (Capex) no período totalizaram R$25,1 bilhões (aproximadamente US$4,62 bilhões), com foco principal nos projetos de desenvolvimento da produção no pré-sal. A Petrobras recolheu R$66 bilhões em impostos para a União, Estados e Municípios.
  1. Em relação às importações de derivados de petróleo, como diesel e gasolina, observou-se um incremento no ritmo de importação de diesel, com um aumento de 84,8%, e uma redução de 25% na importação de gasolina, em comparação com o primeiro trimestre de 2025.

No que concerne aos negócios da empresa, a Exploração e Produção de petróleo representa a maior margem de contribuição para o negócio como um todo, com 62%, enquanto o refino representou uma margem de apenas 5% e a comercialização de gás, 11%.

Por: Bruno Valêncio • Founder

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