Algo que sempre falamos quando realizamos uma apresentação para um possível cliente, é que a informação para quem está no fronte das negociações é crucial, e é a maior ferramenta que o negociador tem. Pois é na desinformação, que as distribuidoras realizam seus movimentos de ganho de margem.
Mesmo com o avanço da tecnologia, que hoje em nosso trabalho é primordial, ainda vemos notícias que geram desinformação e causam alvoroço no mercado.
No último dia 16 (domingo), foi veiculada uma matéria em um grande meio de comunicação, onde o título da matéria é: Gasolina e diesel terão valores reajustados nesta semana.
E o início da matéria começa por: “O governo anunciou um aumento nos preços dos combustíveis como parte de uma estratégia para compensar a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia.”
Apenas esse início de texto, já foi o suficiente para que os grupos de whatsapp e telegram, principalmente de revendedores, virasse um verdadeiro alvoroço, pois essa notícia mexe diretamente com as contas dos postos e por consequência causa aumento de custos em toda cadeia produtiva nacional.
Por isso é sempre importante, quando recebemos uma notícia, saber filtrar o que estamos lendo, e claro tentar deixar de lado, principalmente o viés político, para que possamos analisar de forma racional o que está escrito.
Primeiro ponto que já coloca em xeque a notícia, é que um aumento nos preços dos combustíveis, não gera aumento de arrecadação, pois os impostos federais vigentes hoje na gasolina e no diesel, são monofásicos e não tributados por alíquota. Vejam um exemplo.:
Preço produto.: R$ 1,00 Novo Preço.: R$ 2,00
Alíquota.: 10% Aliquota.: 10%
Imposto.: R$ 0,10 Imposto.: R$ 0,20
Nesse caso haveria um aumento no valor do imposto, mas gasolina e diesel tem seus impostos um valor único, então não importa quanto custa cada litro, o valor do imposto sempre será o mesmo.
Segundo ponto, que a notícia trata da MP 1127/24, que já deve seus artigos “derrubados” pelo senado e as alterações publicadas em diário oficial, então os artigos da MP sobre a compensação de créditos de PIS/COFINS, não tem mais efeito, é como se eles nunca tivessem existido.
Terceiro e último ponto é o mais importante, que a MP ocasionaria um aumento indireto de impostos, e pela nossa legislação, é preciso respeitar o princípio da anterioridade nonagesimal, ou seja, ela só poderia entrar em vigor 90 dias após sua publicação.
Analisando esses fatos, vemos que a matéria apesar de ser recente, trata de um assunto passado e já pacificado.
Analisar com cuidado e buscar a informação correta deve fazer parte das nossas vidas, e no mercado de combustíveis, vemos muito a desinformação sendo usada, com o objetivo de ganho de margem. E nós da VPricing, sempre buscamos a informação para que nossos parceiros estejam preparados para esse jogo, que muda a cada dia.
Por: Murilo Barco – Diretor Comercial
VPricing.