Petrobras aplicou uma redução nas refinarias do país de R$ 0,27/L, com vigência a partir de hoje 08/12.
Dentro do nosso modelo de tendência, o cenário de redução já era previsto, no dia 07/12, nosso modelo mostrava uma diferença do nosso preço em relação mercado internacional na ordem R$ 0,90/L.
Porém quando analisamos o custo efetivo do diesel importado que entrou no país, segundo dados da ANP, ele estava cerca de R$ 0,30/L mais barato do que o preço Petrobras, e por esse motivo não vislumbrávamos uma redução na ordem da paridade atual.
E é importante lembrar que desde a mudança da política de preços da Petrobras que ocorreu em maio desse ano, a dinâmica de reajustes, vinha com um intervalo de 45 a 60 dias, seguindo essa lógica, quando analisamos o último reajuste aplicado pela empresa, em 21/10, se passaram 48 dias, dentro do intervalo esperado.
Um outro ponto importante que frisamos diariamente tanto para nossos clientes, quanto para quem nos acompanha diariamente em nossas lives, é de que já no dia 01.01.24, teremos o retorno integral do PIS/COFINS, que irá gerar um impacto direto no custo do diesel de aproximadamente R$ 0,33/L, e Petrobras de alguma forma iria fazer algum movimento para compensar ou amenizar tal impacto, e assim foi feito.
Mas a pergunta que fica no ar, mesmo com um espaço tão grande, será que Petrobras não irá realizar uma nova redução antes da virada do ano?
Não existe uma resposta certa, mas se analisarmos o posicionamento do CEO da companhia, que já deixou muito claro que não irá repassar volatidade para o mercado interno a todo o momento, acreditamos que não teremos mais nenhum movimento de preço em um curto espaço de tempo, pois isso iria contra todas as falas ditas por ele.
Mas e gasolina por que não caiu?
Essa é uma outra pergunta que ficou no ar, e analisando as informações de custo efetivo de importado entrando no país, segundo dados da ANP, a gasolina importada está em linha com o preço da Petrobras, portanto Petrobras optou por seguir da forma que está.
Agora com a pressão que foi tirada das costas da empresa, veremos um cenário de pressão das distribuidoras para com o mercado.
Com o retorno do imposto na virada do ano, certamente veremos restrições de carregamentos, pois as distribuidoras vão querer passar com estoques lotados, para já no primeiro dia do ano ganhar R$ 0,33/L em cada gota de diesel que tiver dentro de seus tanques.
Por isso a importância de se programar previamente em momentos como esse, pois em muitas vezes o segredo está na boa gestão de compra.
Por: Murilo Barco – Diretor Comercial