Em matéria veiculada ontem (09/06), pelo jornal Estadão, o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, voltou a defender de forma imediata o aumento da mistura dos biocombustíveis, nos combustíveis que são comercializados no país, como a gasolina e o diesel. Atualmente as misturas obrigatórios estão em 27% de etanol anidro na gasolina e 14% de biodiesel no diesel, produto esse que já era para ter sofrido aumento no percentual em março, porém foi postergado.
No Fórum Econômico Brasil-França, o ministro disse que até julho haverá reunião do CNPE (Centro Nacional de Política Energética), órgão responsável por formular as políticas do setor energético brasileiro, e que o aumento na mistura deve ocorrer no fim de Junho ou em Julho.
O aumento da mistura está previsto na Lei Combustível do Futuro, que visa trazer alternativas de descarbonização para os combustíveis comercializados no país.
Com a mudança na mistura, vem os impactos tanto técnicos, que não é o nosso objetivo a ser tratado e também econômicos, ou seja, o aumento da mistura tratado no tema de hoje, é referente ao biodiesel, e qual o impacto dessa mudança vai gerar no custo de aquisição.
Quando se altera o percentual dos combustíveis, não é apenas o valor de cada produto que é preciso ser levado em consideração, pois além do impacto na ponderação dos custos de cada produto, é preciso também levar em consideração os impostos incidentes sobre eles.
No caso do diesel, como ficaria o impacto da alteração de 14% para 15%?
Como ainda não temos a data definida para que a mudança entre em vigor, vamos nos basear nos atuais custos, divulgados pelo órgão regulador, no caso a ANP, que divulga semanalmente os custos de comercialização do biodiesel entre as usinas e as distribuidoras.



Portanto o aumento da mistura, baseando nos custos atuais, teremos um aumento médio a nível Brasil de R$0,0200/L. Pelos dados da ANP o país consumiu até abril 21.824 bilhões de litros de diesel, que dá uma média mensal de 5.456 bilhões de litros. Vamos levar em consideração que o aumento ocorra a partir de Julho, ou seja, teríamos 6 meses de vendas, considerando a média informada, seria um volume de 32.736 bilhões de litros.
O impacto dos R$0,0200/L, representa um aumento no custo do diesel no Brasil de aproximadamente R$655 milhões aproximadamente. Isso mostra que a gestão de acompanhamento das variáveis que compõem os custos dos combustíveis, é de extrema importância, pois o sucesso das compras estão nos pequenos detalhes. Em nosso dia a dia no mercado, por exemplo, não levamos em consideração caso no momento do troco o caixa não tenha os R$0,02/Litro, mas no mundo dos combustíveis, onde a escala é enorme, “apenas” R$0,02/litro, gera um impacto gigantesco.
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Por: Bruno Valêncio • Founder