A MARGEM DE REMUNERAÇÃO no mercado de combustíveis é a diferença entre o custo de aquisição de um combustível (como o preço pago pelo distribuidor ao fornecedor) e o preço de venda ao consumidor final, que inclui não apenas o custo do produto, mas também o lucro da empresa e os custos operacionais associados.
Em outras palavras, a margem de remuneração representa o quanto o distribuidor ou revendedor de combustíveis ganha sobre o preço do produto que vende, levando em consideração despesas como transporte, armazenamento, impostos e outras taxas, além do lucro desejado.
Essa margem é influenciada por vários fatores, incluindo:
- Custo do barril de petróleo: A cotação internacional do petróleo, que impacta o preço do combustível.
- Impostos e tributos: O mercado de combustíveis é altamente impactado por impostos como o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), PIS/COFINS e CIDE.
- Custo logístico: O transporte e a distribuição do combustível, que podem ser afetados por questões como o custo do frete e a infraestrutura de transporte.
- Concorrência e regulação: A concorrência entre postos de combustíveis, entre as distribuidoras e a regulação do setor, como a atuação da ANP (Agência Nacional do Petróleo), MME (Ministério de Minas e Energia), que são responsáveis, por determinarem mudanças de misturas de biocombustíveis, por exemplo.
- Flutuação cambial: Como o petróleo é cotado em dólares, variações na taxa de câmbio também podem impactar o preço do combustível no mercado local.
As margens de remuneração no setor de combustíveis têm sido um tema de debate, especialmente em momentos de alta nos preços internacionais do petróleo ou quando há variações nos impostos estaduais. Dependendo das condições de mercado, as margens podem ser ajustadas para garantir a competitividade ou atender à rentabilidade das empresas envolvidas.
Veja a evolução das margens por produto, segundo os dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo)
GASOLINA
Na média Brasil, houve um crescimento de quase 100% na margem total da cadeia de distribuição e revenda, considerando um período de 6 anos.
SETEMBRO/24
SETEMBRO/18
DIESEL S10
Na média Brasil, houve um crescimento de quase 38% na margem da cadeia de distribuição e revenda, considerando um período de 6 anos.
SETEMBRO/24
SETEMBRO/18
E ao longo dos anos temos visto uma evolução muito grande da margem EBITDA nas distribuidoras, que tem se profissionalizado cada vez mais, buscando eficiência em logística, armazenamento, importação, planejamento tributário.
Por: Murilo Barco • Diretor Comercial