Apenas para relembrar, no início de março entrou em vigor a nova mistura de biodiesel no diesel comercializado em nosso país, definido pelo CNPE no final de 2023. A mistura obrigatória passou a ser de 14%, e com o aumento da mistura, também houve impacto nos custos de aquisição, pois como são produtos diferentes, quem tem valores de custos diferentes e impostos também com valores distintos.
E claro sempre em momentos como esses, onde há alterações de composição de misturas, alteração de impostos ou algo do tipo, vemos o mercado de distribuição se mexer, de forma a restringir produto para determinados segmentos ou no momento do repasse, o mesmo ser efetuado de forma errada, com o objetivo de majorar margem.
No ano passado quando tivemos a entrada da monofasia da gasolina e do diesel, vimos o segmento majorar o repasses da alta do imposto, com o retorno parcial do PIS/COFINS do diesel que ocorreu em setembro, o mesmo aconteceu, com o complemento do PIS/COFINS em outubro, que deveria gerar um impacto de aproximadamente R$ 0,02/L, vimos algumas distribuidoras somando o PIS/COFINS que estava vigente mais o novo valor que deveria entrar em vigor, e não a diferença entre eles, o mesmo aconteceu quando a Medida Provisória que reonerou parcialmente o PIS/COFINS caducou no início de outubro, muitas distribuidoras não retornaram o PIS/COFINS a zero, como deveria ser, no início do ano de 2024, tivemos a volta total do PIS/COFINS sobre o diesel, e o aumento repassado foi maior do que o impacto real, com a mudança dos valores do ICMS monofasico da gasolina e do diesel que ocorreu em 01 de fevereiro deste ano, o mesmo foi majorado em aproximadamente R$ 0,10 na gasolina e R$ 0,05 no diesel.
E claro que com uma nova mudança isso deveria acontecer e vínhamos alertando tanto para os clientes da VPricing, quanto para quem nos acompanha diariamente em nossas lives, e o que aconteceu no dia 01 de março? Exatamente o que falamos, distribuidoras repassando variações entre R$ 0,05 e R$ 0,10/L, quando o impacto real, a depender da região do país, deveria ser entre R$ 0,0050/L e R$ 0,0150/L, no máximo.
E o impacto real foi muito pequeno, pois vimos nos últimos meses o custo do biodiesel cair nas usinas, com isso o seu preço se aproximou do preço do diesel A, reduzindo assim o impacto com a mudança de mistura.
Não é de hoje que vemos o segmento de distribuição se movimentar para aumentar suas margens de lucro, e sempre agindo com a desinformação para o seu cliente, com justificativas que não condizem com qualquer dado oficial ou público, e isso na grande maioria das vezes confunde o revendedor e o gestor responsável pela aquisição de combustíveis.
Por isso a importância de ter uma gestão e um monitoramento de perto de tudo o que acontece com cada variável que compõe o custo de aquisição, pois são nos pequenos detalhes, que o segmento de distribuição vem aumento a cada trimestre, as suas margens de contribuição, visto os últimos balanços divulgados no final de fevereiro, por 2 das 3 grandes distribuidoras do país.
A importância da informação, de estar embasado tecnicamente, faz total diferença no momento de uma abordagem comercial junto ao seu assessor ou gerente.
Veja um exemplo de como deveria ser o impacto da mudança de mistura, trazendo como exemplo a base de Ribeirão Preto.:
O impacto com a mudança foi menor do que R$ 0,01/L nessa base, e chegamos a ver repasses de R$ 0,07/L, qual a explicação técnica e matemática para tal repasse?
Ter transparência na relação comercial é algo difícil de acontecer no segmento, mas é possível, por esse motivo, pensa na forma com que você revendedor está tratando seu custo de aquisição, pois o sucesso do seu negócio está na informação e na forma com que você trata ela, e nós da VPricing, estamos prontos para te ajudar ao longo dessa jornada.