No segmento de combustíveis é algo comum, clientes assinarem contratos junto as distribuidoras, sejam com o objetivo de ostentarem uma marca no caso dos postos, ou terem a garantia de suprimento, no caso de grandes consumidores.
É a partir desse momento, que a grande maioria dos clientes, assinam um enorme cheque em branco para as distribuidoras, pois por falta de conhecimento da grande maioria, os contratos assinados não preveem clausulas de reajustes, ou seja, a partir do momento que você se comprometeu com a distribuidora, como o seu preço irá se comportar daqui para frente, quais as variáveis que serão aplicadas, quais índices serão utilizados? Todas essas perguntas não estão previstas nos contratos, ele simplesmente diz que o preço praticado será o de mercado.
Mas como assim? É a mesma coisa que eu assinar um contrato de locação e não saber o índice de reajuste ou um contrato de financiamento junto ao meu banco e não saber qual a taxa de juros, aí está o cheque em branco, pois como não está previsto, eles fazem com o preço o que querem.
E vejam que não falo de cláusula de preço, mas sim de reajustes, que são coisas completamente distintas.
Por esse motivo é essencial estar suportado durante uma negociação, pois as cláusulas de reajustes no mercado de combustíveis é mais comum do que se imagina, e grande parte dos grandes consumidores tem isso implementado.
E se já estou com o contrato em andamento, o que devo fazer?
Nada impede de você de monitorar tudo o que acontece com o seu preço, isso vale para quem está em fase de negociação ou para quem já está com o contrato vigente.
Uma das coisas mais importantes é o monitoramento de tudo que o pode gerar variações de preços, como custo de refinaria, biocombustíveis, impostos, produto importado, CBIOS, etc. Hoje todos os índices que compõe o custo dos combustíveis são públicos, e isso da força e embasamento nos questionamentos, e é possível validar se os repasses feitos pelas distribuidoras, tem fundamento ou estão se aproveitando para ganho de margem.
Neste sábado (21/10) teremos mais um evento de reajuste pela Petrobras, redução na gasolina, aumento no diesel e você sabe quais devem ser os impactos destas mudanças sobre os seus preços de aquisição? Se preparou para isso, manteve estoques cheios para o diesel, ou no caso da gasolina segurou um pouco as compras?
Nós na Valêncio Consultoria, temos expertise e ferramentas que podem auxiliar o seu negócio a ter de medir com o maior nível de detalhes, o que impacta o seu preço.
A importância de monitorar não é somente pelo fato de saber se o que a distribuidora está aplicando de reajustes está correto ou não, mas claro que esse é o principal objetivo, pois quando é identificado qualquer tipo de distorção, você tem embasamento para realizar questionamentos. Mas lembre que você está em uma relação contratual, e caso essa relação não esteja indo bem, você tem o direito de realizar questionamentos, seja através de notificações extrajudiciais ou quando a relação já chegou no limite, judicialmente.
Por isso a importância de ter um monitoramento muito preciso de tudo o que acontece, pois além de deixar dinheiro na mesa, em uma eventual judicialização, esses registros podem servir de prova.
É claro que esse não é o objetivo, o principal objetivo de realizar os acompanhamentos é dar mais transparência na relação entre o posto e a distribuidora. Lembre-se que o mercado de combustíveis sofre com constantes mudanças, até 2016 tínhamos um mercado praticamente estável, sem variações, e desde então muita coisa mudou, e as distribuidoras se profissionalizaram cada vez mais. E porque você, posto revendedor ou grande consumidor ainda não acompanhou essas mudanças?
O sucesso de quem compra combustíveis, está nos centavos, e qualquer centavo deixado na mesa, representa um montante financeiro considerável. Então não fique para traz, nós da Valêncio Consultoria, somos especialistas em te ajudar nessa gestão.
Por: Murilo Barco – Diretor Comercial / Bruno Valêncio – Founder