Dentro de um posto de combustíveis ou até mesmo em uma empresa que possui como insumo a utilização de combustíveis, é muito importante realizar a gestão do PREÇO DE AQUISIÇÃO que é o principal custo gerenciável destes negócios.
Abaixo listo as três principais variáveis a serem controladas sobre o PREÇO DE AQUISIÇÃO:
1. Custo Refinaria | Custo Usinas
O preço de
produção da gasolina, etanol e diesel representa mais de 40% da composição
básica final do custo dos combustíveis. Logo é fundamental entender as variações
do preço de custo, se antevendo às variações aplicadas semanalmente pela
Petrobras e pelas Usinas.
Veja abaixo a variação acumulada deste ano dos custos de Refinaria e Usinas:
2. Tributos (Federais e Estaduais)
Os tributos representam 35% da composição básica final dos custos dos combustíveis. Na esfera federal as variações são menos voláteis do que na esfera estadual onde o ICMS é cobrado não sobre os preços de produção, mas sim sobre o Preço Médio Ponderado a Pessoa Física o famoso (PMPF) que é justamente o preço médio de revenda de todos os postos de combustíveis ativos de cada estado.
Veja abaixo a variação acumulada do ano de PMPF:
3. Distribuição (Custos Operacionais, Fretes e Margens)
A última
parcela desta tríade é o custo logístico que fundamentalmente o papel
desempenhado pelas Distribuidoras, receber bombeios de derivados das refinarias
e coletar biocombustíveis em Usinas, realizando as misturas obrigatórias
normativas da ANP (Agência Nacional do Petróleo) e entregar para o mercado de
varejo e empresarial.
Por causa
disso, todos os repasses sejam de custos de produção ou tributos são recebidos
pela distribuição e repassados por estes também logicamente, e aqui é
importante a atuação do revendedor ou comprador de combustíveis, saber
acompanhar os repasses mantendo uma visão vigilante sobre aquilo que impacto o
seu PREÇO DE AQUISIÇÃO, essencialmente composto na distribuidora.
A gestão desta
variável é fundamentalmente técnica, mas implementada de forma comercial.
Somente tratar esta variável de forma comercial é frágil para quem tem a
responsabilidade de negociar e comprar combustíveis, e abre espaço para que a
Distribuição realize margens muitas vezes acima de um campo de naturalidade
para o seu negócio.
Como você pode ver caro leitor(a) por causa da crise do coronavírus, vivemos um ano de reduções de custos expressivas das variáveis de composição dos combustíveis, e a pergunta fica: Você tem conseguido fazer a gestão do seu preço de aquisição?
Bruno Valêncio
Diretor Fundador | Valêncio Consultoria