Os preços internacionais do petróleo registraram forte alta neste domingo (15), após duas grandes instalações da petroleira Aramco terem sido atacadas, supostamente com drones, no sábado (14).
Segundo a Reuters, o aumento no preço do petróleo do tipo Brent chegou a 19%, atingindo de US$ 71,95 por barril. Já o do tipo crude apresentou uma alta de 15%, passando a custar US$ 63,34 por barril.
A Arábia Saudita cortou pela metade a produção de petróleo no sábado (14) e perdeu cerca de 5,7 milhões de barris no dia do ataque, segundo a Bloomerg. O número representa mais de 5% do suprimento global.
Para os especialistas no assunto, essa é a maior pertubação súbita de todos os tempos, superando a perda de suprimento de petróleo do Kuwait e do Iraque em 1990, quando Saddam Hussein invadiu o país vizinho.
A marca também supera o corte na produção em 1979, durante a Revolução Islâmica, segundo o Departamento de Energia dos Estados Unidos.
Retomada na produção
A companhia nacional de petróleo da Arábia Saudita pretende restaurar um terço da produção perdida de petróleo até o final da segunda-feira (16), segundo o The Wall Street Journal.
Amin Nassar, CEO da Aramco, confirmou em entrevista ao jornal americano, que está em andamento um trabalho para restaurar a produção. A empresa pretende divulgar uma atualização de progresso na terça-feira (17).
Apesar disso, especialistas em estimativas de danos na Arábia Saudita, afirmam que levará semanas para que as instalações da Aramco voltem à capacidade total de produção.
EUA acusam Irã
O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, acusou o Irã pelo ataque neste domingo (15), dizendo que não há evidências de que eles partiram do Iêmen. O Irã nega acusações e acusou os Estados Unidos de buscarem um pretexto para retaliar o país.
O presidente Donald Trump também fez uma declaração sobre o assunto no Twitter na noite deste domingo (15).
“O suprimento de petróleo da Arábia Saudita foi atacado. Há razões para acreditar que conhecemos o culpado”, escreveu o presidente americano. “Estamos esperando notícias do Reino [da Arábia] para vermos quem eles acreditam que foi a causa desse ataque e sob quais termos procederíamos!”
Fonte: G1 Economia