em jogo
O Ministério da Economia está propondo o fim de restrições regulatórias na cadeia de comercialização de combustível. Além da venda direta do etanol, a equipe econômica entende que é possível acabar com a proibição hoje imposta aos transportadores-revendedores-retalhistas (TRR), para eliminar barreiras à concorrência no setor.
— A análise faz parte dos estudos sendo tocados pela ANP, Economia e Cade desde o ano passada, mas que ganharam força com a resolução CNPE 12/19, do mercado de combustíveis.
— Na Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, os estudos estão indicando o fim da vedação de comercialização de gasolina comum, diesel B e etanol hidratado pelos TRR para os postos varejistas e eliminar a proibição da venda direta do produtor de etanol hidratado para os varejistas e TRR.
— Atualmente, o TRR não pode comercializar GLP, gasolinas automotivas, etanol combustível hidratado, biodiesel, mistura de biodiesel, combustíveis de aviação e gás natural veicular, comprimido e liquefeito.
Quando à fidelidade às bandeiras dos postos, hoje regulada pela ANP, a equipe econômica concorda que não deve existir uma tutela regulatória desses contratos entre distribuidoras e varejistas e que a ANP não deve ser obrigada a fiscalizar esses acordos, firmados entre empresas privadas.
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou ontem (24) que o governo vai negociar os preços do frete por setor e que a crise desencadeada pela tabela de preços mínimos da ANTT, que acabou suspensa, foi provocada um problema de interpretação.
— “A tabela que foi gerada é uma tabela de custo operacional, ou seja, é o mínimo. Ela não tem as parcelas adicionais que compõem o frete. Tinha havido um problema de interpretação. São 11 segmentos de transportes. Vamos fechar um acordo por setor”, disse, após se reunir com representantes dos caminhoneiros em Brasília. Informações de O Globo.
O ministro Bento Albuquerque participa nesta quinta (25) da reunião do Conselho de Administração da Superintendência da Zona Franca de Manaus (CAS), ao lado de Bolsonaro e Paulo Guedes. É a primeira reunião do CAS, que já foi adiada duas vezes este ano.
— O papel do conselho, reformulado em 10 de julho, é aprovar os projetos que poderão se instalar na Zona Franca de Manaus (ZFM) e se beneficiar dos incentivos fiscais. Guedes é crítico à ZFM e, defendendo a reforma tributária, já chego que afirmar que que não “ferrar” o Brasil para manter vantagens para Manaus.
Na pauta do CAS, eletromobilidade e indústria de plásticos. A Yellow apresentou projeto para produzir patinetes e bicicletas elétricas; há pedidos de implantação da Empresa de Plástico do Amazonas (EPA) e da Bridge Indústria de Produtos Plásticos da Amazônia, que apresentou projeto de diversificação para a fabricação de laminados plásticos a partir de óleo de andiroba.
— Ao todo, são 88 projetos industriais, sendo 26 novos e 62 de ampliação, atualização ou diversificação. Juntos, os projetos somam investimentos estimados em US$ 626 milhões, em três anos.
O Irã ameaçou cortar importações do Brasil caso os dois navios de bandeira iraniana parados no porto de Paranaguá (PR) por falta de combustível não sejam abastecidos.
Em entrevista à agência Bloomberg, o embaixador iraniano em Brasília, Seyed Ali Saghaeyan, afirmou ter comunicado a autoridades brasileiras na terça-feira, 23, que o país pode substituir as importações de milho, soja e carne do Brasil caso o governo brasileiro não revolva a situação das embarcações.
Transição energética
A Subsea 7 anunciou nesta quarta-feira, 24, que fechou contrato com a Opitums Wind, uma empresa do Grupo Ørsted, para a instalação de todo o sistema de cabos de rede do parque eólico offshore Hornsea Two, que fica a 90 km da costa de Yorkshire, no Mar do Norte, no Reino Unido. O parque eólico offshore terá capacidade instalada de 1.386 MW e contará com 165 geradores, cada um com capacidade de 8,4 MW.
A economia de baixo carbono é um excelente case de negócios, mas que somente a correta precificação do carbono é capaz de provocar mudanças econômicas reais. A avaliação é do CTO da Siemens AG, Roland Busch, que participou do o painel “Transição energética e precificação de carbono”, promovido pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).
A Total assinou acordo com o governo de Benin e a Sociedade Beninense de Energia Elétrica (SBEE) para desenvolver um terminal offshore de importação de GLN. O acordo também prevê o fornecimento de até meio milhão de tonelada por ano de GLN regaseificado para o país em um prazo de 15 anos, a partir de 2021. O projeto contará com um FSRU e um gasoduto offshore conectado a usinas elétricas em Maria Gléta.
Governo publuicou nesta quinta (25) o decreto que institui o Comitê de Monitoramento da Abertura do Mercado de Gás Natural e outroque cria o Comitê Técnico de Acompanhamento da Avaliação Ambiental de Área Sedimentar da Bacia Sedimentar Terrestre do Solimões. Ontem foi criado o comitê para a AAAS de Sergipe-Alagoas e Jacuípe.
— Bolsonaro também modificou, novamente, o decreto que regulamenta a composição do Conama. Agora, membros do Ministério Público Federal vão participar do conselho como convidados, sem direito a voto. Em maio, outro decreto havia excluído os representantes dos MPs estaduais e federal do plenário do Conama. Em campanha contra os órgãos ambientais, o presidente já alterou 60 ponto do regulamento.
A Petrobras assinou nesta quarta (24) os contratos de venda dos polos Pampo e Enchova, na Bacia de Campo, para a Trident Energy, e do campo de Baúna, em Santos, para a Karoon. As operações representam um reforço de caixa de US$ 1,5 bilhão para a Petrobras, podendo chegar a US$ 1,7 bilhão.
— Trident vai pagar até US$ 1,051 bilhão, sendo US$ 851 milhões + US$ 200 milhões contingentes ao preço futuro do óleo por 100% de Pampo, Badejo, Linguado e Trilha (Pampo) e Marimbá, Enchova, Bonito, Enchova Oeste, Bicudo e Piraúna (Enchova).
— Karoon vai investir US$ 655 milhões em 100% do campo campo de Baúna (concessão BM-S-40), em águas rasas de da Bacia de Santos.
“Os campos são concessões do BID 0, ou seja, se nada for feito para revitalizá-las e, consequentemente, estender suas vidas úteis para além da data de concessão em 2025. Ano que vem, deverá ser iniciado o processo de descomissionamento de todas as plataformas”. Leia o artigo completo de Mauro Destri
Interrompendo três pregões seguidos de alta, os contratos futuros do Brent recuaram 1,02% na quarta (24), cotados a US$ 63,18. Voltaram a subir no início das negociações desta quinta (25), ultrapassando novamente os US$ 64 por barril.
A redução nos estoques americanos, que recuaram 10,8 milhões de barris (dados da EIA), chegou a provocar um movimejnto de alta, mas acabou precificada como um dado pontual, reflexo da tempestade Barry que atingiu a costa do Golfo do México. Reuters
Fonte: epbr